PODRES
o vento dissipou
o pó atômico
e, no entanto,
alguma coisa ficou,
o cheiro de churrasco humano,
eternamente a apodrecer…
O vento sopra
na cara dos homens
o cheiro do sangue,
o cheiro da culpa,
mas as bombas continuam,
lentamente,
a apodrecer a vida
humana!
Por ocasião do “aniversário” de 45 anos da explosão atômica em Hiroshima.
Mateus Martins